O vírus da imunodeficiência humana (mais conhecido pela sigla HIV) é o
causador da Aids. Porém, o que muitos não sabem, é que nem toda pessoa
contaminada pelo vírus chega a desenvolver a doença.
Com os tratamentos disponíveis nos dias atuais, é possível controlar as
complicações que podem ser causadas pelo HIV e levar uma vida normal. Apesar
disso, é fundamental entender como acontece a transmissão do vírus e o que
fazer para se prevenir.
A seguir, entenda a diferença entre HIV e Aids, além de aprender como o
vírus atua no corpo e os principais sintomas de infecção. Boa leitura!
O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico humano, mais
especificamente as células de defesa linfócitos CD4.
A AIDS, por sua vez, é a doença em si, quando a infecção pelo HIV está
avançada e o sistema imunológico já está gravemente comprometido, tornando o
organismo do portador mais vulnerável às chamadas infecções oportunistas (como
tuberculose, pneumonia e outras).
O vírus HIV tem como principal alvo as células de defesa do corpo.
Quando alcança essas células, ele altera o DNA delas para criar cópias de si
mesmo, multiplicando-se pelo organismo do portador.
Isso leva ao enfraquecimento das respostas do sistema imunológico,
resultando na perda da capacidade do corpo em combater os microrganismos
infecciosos invasores.
O portador do vírus HIV pode transmiti-lo a outras pessoas, sendo as
principais formas de contágio:
●
relações sexuais desprotegidas;
●
compartilhamento de seringas;
●
transmissão de mãe para filho (durante a gestação,
parto ou amamentação);
● transfusão
de sangue (o que se tornou mais raro, devido ao controle rigoroso).
É possível se prevenir contra a infecção pelo vírus HIV com alguns
cuidados simples. O primeiro deles consiste em cuidar da saúde sexual, evitando relações sem o uso de
preservativo.
O uso de seringas e agulhas deve ser feito sem compartilhamento,
descartando logo em seguida. Também é importante ter a proteção de luvas ao
manipular feridas e fluídos corporais.
No caso de gestantes portadoras do vírus HIV, é fundamental o uso de
medicamentos antirretrovirais durante o período da gestação e não amamentar, já
que o vírus também pode ser transmitido através do leite materno. Esses
cuidados vão prevenir que ocorra a transmissão para o bebê.
Os sintomas de infecção de uma pessoa com HIV podem mudar de acordo com
a fase de contaminação em que ela se encontra. Confira:
FASE INICIAL (AGUDA)
Na primeira fase de infecção, a pessoa pode apresentar sintomas
semelhantes a uma gripe, como:
●
febre;
●
fadiga;
●
dores musculares;
●
dor de garganta;
● diarreia.
FASE CRÔNICA
Esse período costuma ser assintomático, ou o portador pode apresentar o
surgimento de sintomas leves, sendo eles:
●
suores noturnos;
●
perda de peso;
● infecções
frequentes.
AIDS (FASE AVANÇADA)
Quando não tratada, a infecção pelo vírus HIV pode levar ao
desenvolvimento da AIDS. Nessa fase, os sintomas mais comuns são:
●
infecções oportunistas (pneumonia, tuberculose, entre
outras);
●
perda significativa de peso ou emagrecimento acentuado;
● comprometimento
do sistema imunológico.
O diagnóstico do HIV é feito por meio da coleta de sangue, onde é
possível detectar a presença dos anticorpos contra o vírus por meio de testes
rápidos ou laboratoriais. No caso dos testes rápidos, o resultado é obtido em
apenas 30 minutos.
O tratamento para HIV acontece com o uso de medicamentos chamados
antirretrovirais, que são fornecidos pelos SUS de forma totalmente gratuita.
É importante que o tratamento tenha início logo após o diagnóstico de
contaminação pelo vírus, seguindo sempre as orientações do médico. Dessa forma,
é possível impedir que o HIV se multiplique no organismo, preservando assim o
funcionamento do sistema imunológico.
Ao contrário do que acontecia anos atrás, a infecção por HIV não é mais
considerada uma sentença de morte. Apesar de não haver cura, é perfeitamente
possível ser portador do vírus HIV e ter uma vida de qualidade.
Para que isso seja possível, é imprescindível realizar o diagnóstico precoce e seguir o tratamento
corretamente. Por isso, a maior parte das pessoas infectadas pelo vírus não
chega a desenvolver a AIDS.
A falta de tratamento, por sua vez, pode levar ao agravamento dos
sintomas. Buscar os medicamentos corretos, portanto, é fundamental para levar
uma vida o mais próximo possível de uma pessoa que não é portadora do HIV.
Agora você já sabe a diferença entre HIV e Aids, além das formas de
contrair o vírus. É muito importante ressaltar que a prevenção é sempre a
melhor estratégia, não apenas para evitar o contágio pelo HIV, mas também
outros tipos de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
Quer saber mais sobre o assunto? Continue conosco e confira o artigo sobre as principais infecções sexualmente transmissíveis.